Projectos
Projectos em vigor
Projeto | Interesse Participativo (%) | Localização | Área | Tipo de Contrato | Ano do Contrato | Âmbito | Fase | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
PPA | SPT | 70 | Bacia de Moçambique | Bloco de Pande/Temane | Acordo de Produção de Petróleo (APP) ou PPA na sigla inglesa | 2000 | Pesquisa, Produção, e Comercialização de Hidrocarbonetos | Em Produção |
IFC | 5 | |||||||
CMH | 25 | |||||||
PSA | SPM 100 | Bacia de Moçambique | Bloco de Pande/Temane | Contrato de Partilha de Produção (CPP) ou PSA na sigla inglesa | 2000 | Pesquisa, Produção, e Comercialização de Hidrocarbonetos | Em Desenvolvimento | |
Coral Sul FLNG | MRV | 70 | Bacia do Rovuma | Área 4 | Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção | 2006 | Pesquisa, Produção, e Comercialização de Hidrocarbonetos | Em Produção |
ENH | 10 | |||||||
Galp Energia Rovuma B.V. | 10 | |||||||
KOGAS Moçambique Ltd. | 10 | |||||||
Golfinho/Atum (Mozambique LNG) | Total E&P Mozambique Area 1, Limitada | 26,5 | Bacia do Rovuma | Área 1 | Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção | 2006 | Pesquisa, Produção, e Comercialização de Hidrocarbonetos | Em Força Maior |
ENH | 15 | |||||||
Mitsui E&P Mozambique Área 1 | 20 | |||||||
ONGC Videsh Ltd | 10 | |||||||
Beas Rovuma Energy Mozambique Ltd | 10 | |||||||
BPRL Ventures Mozambique B.V | 10 | |||||||
PTT Mozambique Área 1 | 8.5 | |||||||
Rovuma LNG | MRV | 70 | Bacia do Rovuma | Área 4 | Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção | 2006 | Pesquisa, Produção, e Comercialização de Hidrocarbonetos | Em Condição Suspensiva |
ENH | 10 | |||||||
Galp Energia Rovuma B.V. | 10 | |||||||
KOGAS Moçambique Ltd. | 10 | |||||||
ROMPCO | CMG | 40 | Inhambane e Maputo | N/A | Contrato de Concessão do Gasoduto | 2000 | Pesquisa, Produção, e Comercialização de Hidrocarbonetos | Em Operação |
Sasol | 20 | |||||||
iGas | 40 | |||||||
MGC | GIGA | 49,60 | Inhambane e Maputo | Área 4 | Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção | 2006 | Pesquisa, Produção, e Comercialização de Hidrocarbonetos | Em Condição Suspensiva |
CDGM | 25,20 | |||||||
ENH | 25,20 |
CAMPO em Produção
O gás natural no país, é actualmente produzido a partir de três (3) campos, dos quais dois (2) estão localizados na Bacia de Moçambique e um (1) na Bacia do Rovuma. tendo em conta a existência de Planos de Desenvolvimento já aprovados, está previsto que mais cinco (5) campos entrem em produção.
Campo | Área | Recurso | Ponto de Situação | Ano da Descoberta | Início da Produção | Operador |
---|---|---|---|---|---|---|
Temane | Pande/Temane | Gas Natural | produção | 1957 | 2004 | SPT |
Temane | Pande/Temane | Gas Natural | produção | 1957 | 2004 | SPT |
Temane | Pande/Temane | Gas Natural | produção | 1957 | 2004 | SPT |
Produção
A produção do gás natural em Moçambique iniciou em 2004 através do campo Temane e mais tarde, em 2009 reforçado com o início da produção do campo Pande. Em 2022, iniciou a produção de gás natural através do campo Coral, o qual é liquefeito para comercialização no mercado internacional
PPA
Produção e venda de Gás Natural
No Data Found
Gás natural
O cumulativo de gás produzido (Produção líquida) desde o início da producao até Julho de 2024 é de 3.062,75 MGJ (Milhões de Giga Joule), do qual 2.707,74 MGJ foi exportado e 354,76 consumido no mercado nacional (royalty em espécie e gas comercial)
O gráficos abaixo ilustram o perfil de produção anual do gás natural assim como das quantidades exportadas e consumidas no mercado nacional.
Condensado
O condensado derivado da produção do gás é estabilizado na Central de Processamento de gás, armazenado e posteriormente vendido no mercado internacional. Desde o início da produção até Julho do ano em curso (2024) foram produzidos um total de 8.611.827,75 barris e vendida uma quantidade de 8.530.463,25barris
Coral Sul FLNG
O projecto Coral Sul FLNG, desde o início da produção (Outubro de 2022) até Julho de 2024, produziu um cumulativo de 4.677.786,96 toneladas de Gás Natural Liquefeito (GNL) e exportou um total de 4.660.188,99 toneladas de GNL, correspondentes a 67 carregamentos.
Relativamente ao condensado, desde o início da produção até Julho de 2024, produziu um cumulativo de 2,487,237.00 barris dos quais 2,181,989.60 barris foram exportados, correspondentes a 10 carregamentos.
Gás no Mercado Nacional
Até ao momento o gás utilizado no mercado nacional provem dos campos de Pande e Temane e é usado por mais das 30 empresas localizadas em Vilanculos, Chokwe, Ressano Garcia, Machava, parque industrial da Matola, Beluluane, tais como a CTRG, Gigawatt, Mozal, Merec, Companhia Industrial da Matola, Fasorel e Coca Cola SABCO (Moçambique). A outra parte, foi alocada à Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, E.P, para uso residencial e comercial nos distritos de Vilanculos, Inhassoro, Govuro e arquipélago de Bazaruto na província de Inhambane, bem como em Maputo e Marracuene, cuja distribuição iniciou em 2014.
Gás Comercial
Desde a entrada em vigor do Contrato de compra e venda para o mercado nacional em 2013, foram comercializadas cerca de 234,8 MGJ (79,06%) de um total de 297 MGJ.
Gás de Royalty
Desde o início da produção até 2023 o total de gás do Imposto sobre a Produção de Petróleo (IPP) foi de 143,95 MGJ dos quais foram pagos em espécie 81,59 MGJ. E em dinheiro 62,35 MGJ. Ou seja o país ao longo deste período utilizou cerca de 56,68% de gás do Royalty.
Descrição dos PROJECTOS
Acordo de Produção de Petróleo (PPA) – Áreas de Pande-Temane
O Acordo de Produção de Petróleo (APP), relativo aos blocos unificados dos campos de Pande e Temane (em terra), foi celebrado a 26 de Outubro de 2000 entre o Governo de Moçambique, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos,E.P, Sasol Petroleum Temane Lda e a Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos, SARL. e tem como objectivo produzir e comercializar Gás natural e Condensado em mercados de Moçambique e África do Sul.
O gás produzido a partir dos campos de Pande e Temane é processado na Central de Processamento de Gás Natural em Temane e transportado por um gasoduto (Moçambique –Secunda) de 867 km de extensão, para o abastecimento no mercado nacional e sul africano.
A Produção do gás natural teve início em 2004, com uma capacidade contractual de 120 Milhões de Giga Joules/ano (MGJ/a), a qual sofreu sucessivas expansões até alcançar a capacidade contractual actual de 197 MGJ/a;
Do gás Produzido e vendido ao abrigo do APP, o Governo recebe a título de Imposto Sobre a Produção de Petróleo – IPP (Royalty gas) 5%, podendo ser entregue em espécie ou em valor monetário ;
O APP preconiza a celebração de um contrato de compra e venda de gás natural para o fornecimento de 27 MGJ/a ao mercado nacional. Esta quantidade combinada ao IPP em espécie é utilizada no mercado nacional para a geração de energia eléctrica, , abastecimento em veículos, residências e como combustível em diferentes indústrias.
Contrato de Partilha de Produção (CPP) – Áreas de Pande-Temane
Celebrado em Outubro de 2000 o Contrato de Partilha de Produção (PSA) entre o Governo, a ENH e a Sasol Petroleum Mozambique Lda (SPM), com o objectivo de pesquisar, avaliar, desenvolver e produzir gás natural não associado e petróleo leve das áreas adjacentes a área do APP.
O projecto visa a produção de gás natural e petróleo leve a partir dos depósitos de Inhassoro, Temane e Pande, para viabilizar:.
- A produção de 30 000 TPA de GPL dedicado ao mercado nacional;
- A produção de 4 000 bbl/d de petróleo leve estabilizado dedicado para exportação;
- A geração energia eléctrica através da Central Térmica de Temane (CTT) com capacidade de 450 MW e
- A exportação do gás excedentário.
A Infra-estrutura Integrada para a operacionalização deste projecto encontra-se em construção e espera-se o início da produção para Dezembro de 2024.
Mozambique Pipeline Investments Company Limited (ROMPCO)
A 26 de Outubro de 2000 foram celebrados os termos e condições do Contrato de Gasoduto Moçambique-Secunda (MSP), entre o Governo (representado pelo Ministério de Recursos Mineiras e Energia), a Sasol Limited (Sasol) e a Mozambique Pipeline Investments Company Limited (ROMPCO), com o objectivo de transportar gás natural proveniente dos campos de Pande e Temane para abastecer o mercado nacional e sul africano.
Ao abrigo deste contrato e em conformidade com o Plano de Desenvolvimento do Gasoduto aprovado, a ROMPCO foi atribuído o direito de construir e operar o gasoduto de 26 polegadas de diâmetro, 867 km de extensão e com capacidade de transportar 122 MGJ/a.
Com o aumento da demanda de gás, a capacidade do gasoduto foi incrementada para 212 MGJ/a através da instalação de um compressor do lado sul africano e de dois gasodutos paralelos ao gasoduto (Looplines) do lado moçambicano, conforme ilustrado na figura abaixo.
Contrato de Concessão do Gasoduto da Matola Gas Company
Ao abrigo do Contrato de Concessão do Gasoduto, firmado em Janeiro de 2003 entre a Matola Gas Company (MGC), a Gigajoule Africa Ltd, (GIGA) e o Governo da República de Moçambique, a MGC foi atribuído o direito para construir e operar um gasoduto de transmissão de 8 polegadas de diâmetro, 70 km de extensão, para transportar gás natural de Ressano Garcia a Matola e fornecer às diversas indústrias, serviços e habitação na província de Maputo.
O gasoduto de transmissão transporta gás natural proveniente dos campos de Pande e Temane, através do ponto de toma do gasoduto MSP localizado em Ressano Garcia.
Projecto Coral Sul FLNG
Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção (CCPP), para Área 4, na Bacia do Rovuma foi celebrado entre o Governo e a Eni East Africa, S.p.A (EEA) e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, E.P (ENH), detendo 90% e 10% respectivamente. Actualmente, a estrutura acionista da Área 4 incluí a Mozambique Rovuma Venture (MRV) S.p.A. que é uma Joint Venture co-propriedade da Eni, ExxonMobil e CNODC, com 70% de interesse participativo, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. (ENH), com 10% de interesse participativo, a Galp Energia Rovuma B.V. com 10% de interesse participativo e a KOGAS Moçambique Ltd., com 10% de interesse participativo.
Ao abrigo do CCPP, o Governo aprovou o Plano de Desenvolvimento do Projecto Coral Sul FLNG, para o desenvolvimento do depósito Coral Eoceno 441, com o objectivo de produzir e comercializar gás natural, através de uma Unidade Flutuante de Liquefação de gás natural, com capacidade de produzir 3,37 MTPA (Milhões de Toneladas por Ano) de Gás Natural Liquefeito (GNL). Para além do GNL é produzido condensado a partir deste projecto.
A decisão final de Investimento para o implementação do projecto foi alcançada de 2017 tendo Iníciado a construção da infra-estrutura petrolífera Coral Sul FLNG em de 2018,
Em 2022, a Infra-estrutura Petrolífera atracou em águas territoriais moçambicanas, tendo se inciado o processo de ancoragem,, vistorias, inspecções e certificações, em conformidade com a legislação aplicável que culminou com a emissão da licença de operação em Agosto de 2022.A produção de GNL através desde projecto teve inicio em Outubro de 2022 e em Novembro do mesmo ano foi realizada o primeiro carregamento do GNL e Condensado dedicados a exportação.
Projecto Mozambique LNG
A 26 de Dezembro de 2006 foram aprovados os os termos do Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção de Petróleo, “CCPP”, para Área 1, Offshore da Bacia do Rovuma, celebrado entre o Governo, a Anadarko Mozambique Área 1 Lda., como Concessionária e Operadora, (“AMA 1 ou Operadora”) e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, E.P (ENH), com uma participação de 85 e 15%, respetivamente. Actualmente, os interesses participativos nesta Área 1 inclui a TotalEnergies E&P Mozambique rea1, Lda (TEPMA1) com 26.5%, a Mitsui E&P Mozambique Area1 Limitada (MEPMOZ) com 20%, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, E.P (ENH) com15%, a BPRL Ventures Mozambique B.V (BPRL) com 10%, a Beas Rovuma Energy Mozambique Limitada (BREML) com 10%, a ONGC Videsh Rovuma Limitada (ONGC Videsh) com 10% e a PTTEP Mozambique Area1 Limitada (PTTEP MZA1) com 8.5%.
Ao abrigo do CCPP, o Governo aprovou o Plano de Desenvolvimento do Campo Golfinho/Atum, para o desenvolvimento do Projecto Golfinho/Atum ( Mozambique LNG) que consiste na producao de Gas natural Liquefeito (GNL) através de dois Módulos de Liquefação de gás natural, com capacidade 6,56 MTPA cada, perfazendo um total de produção de 13,12 MTPA (Milhões de Toneladas por Ano). Para alem de producao de GNL, o projecto preve o fornecimento de um total de 400 MMscfd para o mercado doméstico, sendo que numa primeira fase serao fornecidos 100 MMscfd.
Em Junho de 2019, o Operador anunciou a decisão final de investimentos (“FID”) para a materializacao do projecto.
Em Maio de 2021, o Operador da Área 1 declarou a Força Maior e consequente interrupção das actividades em Palma e Afungi. Até ao momento, aguardar-se pelo levantamento da Força Maior para continuidade da execucao do projecto.
Projecto Rovuma LNG
O Projecto Rovuma LNG a ser desenvolvido em terra, pertence ao Campo Prosperidade/Mamba a ser desenvolvido conjuntamente e com coordenação com a Área 1 Offshore da Bacia do Rovuma, através de uma unidade única de operação constituída pelas Operadoras de ambas Áreas. O campo Prosperidade/Mamba faz parte do acordo de unitização entre as Concessionárias da Área 4 (Campo Complexo Mamba) e da Área 1(Campo Complexo Prosperidade), que são uma série de reservatórios transzonais. Portanto, o projecto Rovuma LNG está do lado da Área 4 ( Campo Mamba) e, nos termos da Legislação aplicável foi autorizado o desenvolvimento inicial individual de 12 TCF por cada uma da Áreas.
A Área 4, localiza-se à aproximadamente 250 km a nordeste da cidade de Pemba (Província de Cabo Delgado), 50 Km da costa, medidos a partir do limite oeste da concessão, em profundidades de água que variam entre 1.800 e 2.600 metros. A Àrea tem cerca de 70Km de largura e 200 Km de comprimento. A oeste, uma fronteira em linha recta divide a Área 4 da Área 1.
O Projecto Rovuma LNG consiste em dois Módulos de Liquefação de gás natural, com capacidade 7,6 MTPA cada, perfazendo um total de produção de 15,2 MTPA (Milhões de Toneladas por Ano), através dos recursos provenientes do campo Mamba localizado na Área 4 offshore da Bacia do Rovuma.
O desenvolvimento das actividades sofreu um revés devido a situação de instabilidade e segurança no norte da Província de Cabo Delgado, o que levou o Operador da Área 1 Offshore da Bacia do Rovuma a accionar a cláusula de Força Maior e consequente interrupção das actividades em Palma e Afungi, instalações partilhadas pela Área 1 e Área 4.