Bacia de Moçambique, Onshore

Área Activa

Área A5-A

A Área concessão A5-A, é resultado do concurso público lançado em Outubro de 2014, para a concessão de áreas para Pesquisa e Produção de Hidrocarbonetosem em Moçambique. As empresas Eni Mozambico S.p.A., Sasol Petroleum Mozambique Exploration Lda. e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, E.P (ENH, EP), foi-lhes adjudicada a área Offshore Angoche A5-A cuja a extensão é de 4,612 km2, localizada na parte marítima da República de Moçambique. O Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção de Petróleo(CCPP) foi assinado em Outubro de 2018, tendo como data efectiva 1 de Janeiro de 2019;

A Área, é operada pela EMPRESA Eni Mozambico S.p.A com 49.5% de participações e os parceiros  a Qatar Energy  (25.5%),  a Sasol Petroleum (10%) e a ENH, E.P. (15%).

Actividades De Pesquisa Executadas

Concessionária realizou:

Área PPA Pande & Temane

O Contrato de Partilha de Petróleo (CPP) foi assinado com a  Sasol a 26 de Outubro de 2000, com uma duração incial de pesquisa prevista de 10 anos. A Área do CPP geograficamente se sobrepõe à Área Pande/Temane APP (Acordo de Produção de Petróleo), excluindo os depósitos produtores de Formação Grudja G6 e G9 nos campos de gás Pande e Temane, respectivamente. Cerca de 1800 km de sísmica 2D (2001, 2005, 2016) e 125 km2 de sísmica 3D (2016) foram adquiridos, e um total de 15 poços de pesquisa e 22 furos de avaliação efectuados.

A área da CPP inclui várias descobertas em depósitos de arenito na formação do Cretáceo Superior no Grudja Inferior (descoberto durante as década de 1960, 1990 e da concessão do PSA em 2000 até agora), tais como:

Corvo G6A, Tafula G8, Pande G10, G11 e G11A, Pande Este G11 e G11A, Temane G8, Temane Este Profundo (G11, G11A, G12 e G12A) todos com gás natural, Inhassoro G6 com auréola de petróleo leve com capeamento de gás, e Inhassoro G10 com petróleo leve sub-saturado.

Com base nas descobertas, foram definidas e aprovadas duas áreas de descobertas (Área de Descoberta Pande/Corvo e a Área de Descoberta Temane /Inhassoro), que representam os contornos do presente contrato CPP, após o término do período de pesquisa.

Em 2015, foi apresentado um Plano de Desenvolvimento de Campo (PdD) para Inhassoro G6, Inhassoro G10, Temane G8, Temane Este Profundo (G11, G11A, G12 e G12A). O PdD foi aprovado em Janeiro de 2016.

Cerca de 117 km de sísmica 2D e 125 km2 de sísmica 3D foram adquiridos ao longo de Inhassoro G6 e G10, e 09 poços de avaliação e desenvolvimento foram efectuados nos depósitos do PdD a partir de 2016 em diante, resultando numa melhor compreensão dos depósitos.

Novas e pequenas descobertas foram feitas em um poço em 2016 durante a fase de desenvolvimento na área do CPP, Temane G6A, G11, G11A e G12, com gás nos depósitos mais rasos e petróleo leve nos depósitos mais profundos.

Em 2019, as seguintes descobertas estavam no Período de Avaliação Comercial (CAP): Pande G10, G11 e G11A, Pande Este G11 e G11A, Corvo G6A e Tafula G8. Dois poços de avaliação foram efetuados em 2018 para avaliar os depósitos do Pande.

As estimativas totais de recursos presentes das descobertas do PSA têm volumes de gás no local de cerca de 2,5-3 tcf, e volumes de gás recuperáveis de cerca de 1-1,5 tcf. O petróleo leve e condensado recuperável esperado está na faixa de 30-40 milhões de barris de líquido. Ainda há incertezas significativas relacionadas a essas estimativas.

Área APP Pande & Temane

O Acordo de Produção de Petróleo (APP) foi assinado a 26 de Outubro de 2000 pela Sasol, Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) e Governo de Moçambique com o objetivo de desenvolver e produzir recursos de gás a partir de Depósitos Pande e Temane, como parte do Projeto De Gás Natural “Moçambique para a África do Sul”.

O acordo prevê a construção de:

 Uma Central de Processamento (CPF) para processar inicialmente 120 MGJ por ano;

Um gasoduto com extensão de 865 km para transportar o gás produzido de Temane (Moçambique) para Secunda (África do Sul). Este gasoduto tem cinco pontos offtake para fornecer gás ao mercado moçambicano.

O APP abrange os depósitos dos campos de gás de Pande e Temane, da formação do Grudja Inferior no Cretáceo Superior, nos depósitos Grudja 6 (G6) e Grudja 9 (G9), respectivamente. Os dois depósitos têm um total de gás de cerca de 4,5 tcf como estimativa base.

A produção de gás natural começou em 2004 no Campo Temane, e em 2009 o Campo de Pande foi acoplado ao CPF. A quantidade total de gás produzido de 2004 a 2018 é de 2.087 MGJ (milhões de Giga Joules), equivalente a cerca de 1,8 tcf ou 50.250 milhões de Nm3 – gás de metros cúbicos normais, e o condensado produzido é de 7,1 MMbbl (Milhões de barris).

Em cada um dos dois campos de gás foram efectuadas cerca de 30 furos em contratos anteriores e no APP, incluindo a avaliação assim como os poços de desenvolvimento. Os dois campos são cobertos por dados sísmicos 2D de diferentes safras (seis aquisições de sísmica 2D de 1990 a 2005, além de sísmicas mais antigas).

Em 2016, a Sasol adquiriu 42 km2 de sísmica 3D na parte central do campo de Pande em torno do poço Pande-4, e em 2018 efectuou o primeiro poço horizontal de preenchimento no depósito G6 no Campo de Pande.

Área PT5-C

O CCPP foi assinado em Outubro de 2018 com a Sasol e ENH, em resultado do 5º concurso de concessão de áreas. A área localiza-se na parte onshore da Bacia de Moçambique, próximo aos depósitos de gás de Pande e Temane, no norte da província de Inhambane. O período de pesquisa tem a duração de 8 anos e foi subdividido em 3 subperíodos de pesquisa, de 4 + 2 + 2 anos.   

Obrigações de trabalhos mínimos:

Primeiro Subperíodo de Pesquisa – 48 meses

Segundo Subperíodo de Pesquisa – 24 meses

Terceiro Subperíodo de Pesquisa – 24 meses

Área Buzi

O CCPP foi assinado à luz do Decreto 38/2008 de 17 de Outubro, e aprovado pelo Conselho de Ministros, e  celebrado no dia 31 de Outubro de 2008, entre o Governo e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Doravante designada por “ENH”) que então detinha 100% de participações, com efeitos a partir de Abril de 2009. Posteriormente a ENH cedeu o seu interesse participativo à Búzi  Hydrocarbons Pte. Lda. (BHPL), como parceiro estratégico tornando-se esta, a concessionária e operador deste Bloco, com 75% de interesse participativo e a ENH parceiro com 25%.

Obrigações de trabalhos mínimos:

Primeiro subperíodo

Segundo Subperíodo

Terceiro Subperíodo

Actividades realizadas

ÁREA 1

Na sequência do 2º concurso público para a concessão de áreas para pesquisa e produção de hidrocarbonetos, às companhias Anadarko Mozambique Area 1 e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, foi-lhes adjudicada a Área 1 em ambiente offshore da Bacia do Rovuma. A referida Área encontra-se localizada na parte norte da Província de Cabo Delgado, em águas rasas à muito profunda. O Contrato de Concessão de áreas para Pesquisa e Produção de Hidrocarbonetos (CCPP) foi assinado a 20 de Dezembro de 2006 e com a data efectiva a partir de 1 de Fevereiro de 2007.

ÁREA DE DESCOBERTA PROSPERIDADE

Estimativa mediana de 43 tcf (triliões de pés cúbicos) de gás.

4 Reservatórios Transzonais:

  • Oligoceno Superior Norte;
  • Oligoceno Superior Sul;
  • Oligoceno Inferior;
  • Eoceno Superior;

ÁREA DE DESCOBERTA TUBARÃO

Estimativa mediana de 3,4 (triliões de pés cúbicos) Tcf de gás natural.

ÁREA DE DESCOBERTA ORCA

Estimativa mediana de 8,4 Tcf (triliões de pés cúbicos) de gás natural

Os Reservatórios do são do Paleoceno.

ÁREA DE DESCOBERTA ORCA

Área de Descoberta Tubarão Tigre (1254 km2), tem 3 reservatórios do Cretáceo (K1,K2 e K3), sendo o K2 o melhor em Orca e Tubarão-Tigre e possui uma estimativa mediana de 0.323 Tcf (triliões de pés cúbicos) de gás natural. 

DESCOBERTAS TUBARÃO TIGRE E ORCA (CRETÁCICO LEQUE 1, 2 E 3), ROVUMA OFFSHORE ÁREA 1

A avaliação técnica completa do potencial do Cretáceo na Área 1, ente as Áreas de Descoberta Tubarão Tigre e Orca, determinou que contém reservatórios pequenos, descontínuos e de baixa qualidade, e isso provavelmente apresentaria desafios significativos no fornecimento de quantidades comercias de gás. Dos três reservatórios de Cretáceo (K1,K2 e K3) avaliados, o melhor é o K2 em Orca e Tubarão-Tigre que possui recurso médio de 0.323 Tcf (triliões de pés cúbicos) de gás natural.

DESCOBERTA ORCA (LEQUE DO PALEOCENO MEDIO), ROVUMA OFFSHORE ÁREA 1

Esta descoberta foi feita na Área 1 pela Anadarko em 2013 através furo Orca-1, cujo reservatório é de idade do Paleoceno Médio, tendo sido subsequentemente avaliada através dos furos Manta-1, Orca-2, Orca-3 e Orca-4.

A descoberta localiza-se a cerca de 10 Km da linha da costa, 250 Km da cidade de Pemba. Este reservatório é de idade do Paleoceno Médio e não é partilhado. A estimativa média dos recursos é de cerca de 8.4 Tcf (triliões de pés cúbicos) de gás natural in situ, segundo estimativas submetidas pela Total.

O reservatório na descoberta Orca encontra-se a profundidades que variam de 4000 à 5000m abaixo do nível médio do mar, e a coluna de água de cerca de 600m à 1200m. A extensão é de cerca de 30 Km.

DESCOBERTA TUBARÃO (EOCENO), ROVUMA OFFSHORE ÁREA 1

Esta descoberta foi feita pela Anadarko em Janeiro de 2011 através do furo Tubarão-1 e avaliada pelo furo Tubarão-2 (negativo) em 2013. A descoberta localiza-se a cerca de 25 Km da linha de costa, 50 Km do Nordeste do distrito da Mocímboa da Praia e 200 Km do Nordeste da Cidade de Pemba.

O reservatório encontra-se completamente na Área 1. A estimativa média dos recursos é de cerca de 3,4 tcf (triliões de pés cúbicos) de gás in situ.

O reservatório encontra-se a uma profundidade de 3500 a 4000 metros abaixo do nível médio das águas do mar. A coluna de água varia entre 800 e 1200 metros. A extensão da descoberta Tubarão é de cerca de 20 Km orientado de Oeste à Este.